Formação e capacitação profissional de Policiais Civis e Científicos
Missão
Formar agentes de segurança pública de modo a torná-los aptos para atuar preventiva e repressivamente, no âmbito da polícia judiciária, com responsabilidade e ética, no cotidiano da sociedade pernambucana.
Visão
Atingir a excelência, ser uma instituição organizada e globalizada, defensora da educação continuada, da integração das corporações que compõem o sistema de segurança pública, sensível a valorização de seus integrantes, com ações de resultados que permitam alcançar o bem estar da sociedade.
Valores
História da Escola de Polícia
AUma das medidas mais aguardadas pela cúpula da segurança pública em Pernambuco foi a criação efetiva da Polícia de Carreira, isso porque a nova modalidade iria melhorar, sensivelmente, o nível de escolaridade dos integrantes da instituição. No entanto, enquanto a Polícia de Carreira não chegava, algumas medidas visando melhor a formação profissional na Polícia Civil de Pernambuco começaram a ser tomadas. A primeira delas com aquele objetivo, e que viria implantar, embora timidamente, o ensino e o preparo na formação do policial, veio em 15 de março de 1927, com a criação, pelo então Chefe de Polícia Eurico de Souza Leão, da Escola Policial e Criminal.
Durante muitos anos, a formação e o aprimoramento profissional dos policiais ficou a cargo dessa entidade que funcionou, precariamente, em instalações improvisadas e sem remunerar os seus professores, que trabalhavam voluntariamente.
No Governo do Dr. Cid Feijó Sampaio, sendo Secretário de Segurança o Tenente-Coronel José Costa Cavalcanti, era criada pelo Decreto nº 595, de 19 de maio de 1961, a Escola de Polícia que se destinava, especificamente, à formação básica e ao aperfeiçoamento de Guardas Civis, Fiscais, Investigadores, Escrivães e Comissários de Polícia. Ela foi inaugurada em 3 de julho de 1962 e teve como um dos primeiros Diretores o Bel. Haroldo Collares.
Os cursos básicos destinavam-se aos funcionários nomeados em caráter interino e os de aperfeiçoamento, aos já efetivados nas respectivas funções.
Todos os cursos eram eminentemente práticos, limitando-se à teoria do mínimo indispensável.
Entre as disciplinas ali ministradas destacavam-se algumas que visavam prioritariamente o policiamento ostensivo, atividade então largamente desenvolvida na Polícia Civil, e outras matérias até hoje essenciais como: investigação policial, armamento e tiro, criminologia, polícia técnica, organização policial, relações públicas e educação e cívica, entre outras.
Mostrando o primor pela disciplina e pela retidão do caráter do futuro policial, o aluno seria desligado do curso se cometesse falta grave ou demonstrasse inaptidão para a profissão que almejava abraçar.
Um detalhe curioso dessas normas é que ficavam dispensados da disciplina “conhecimentos gerais”, os alunos portadores de diploma de curso ginasial, equivalente, ou superior.
O corpo docente da escola era composto pelos membros da própria Secretaria de Segurança Pública, por oficiais graduados da Polícia Militar e por cidadãos credenciados pelo Governo do Estado.
Naquela oportunidade, seria enviada mensagem à Assembleia Legislativa Estadual propondo a criação do cargo de Inspetor Geral do Ensino, cujo titular era o Diretor da Escola de Polícia de Pernambuco.
Em 7 de janeiro de 1974, no Governo de Eraldo Gueiros, era criada, em substituição à Escola de Polícia, a Academia de Polícia Civil (ACADEPOL) diretamente subordinada ao Secretário de Segurança e dirigida por um Delegado de 1ª categoria, com curso de especialização em pedagogia, indicado por aquela autoridade e nomeado, em comissão, pelo Governador do Estado.
É sua principal atribuição organizar e realizar cursos de habilitação e matrícula dos diferentes cursos de formação profissional, destinados ao preenchimento das vagas existentes no Quadro de Pessoal Policial procedendo, ainda, a apuração dos requesitos exigidos por lei, além de coordenar e dirigir todos os cursos de formação, aperfeiçoamento e especialização na área de ensino da Secretaria de Segurança Pública. Dispondo para isso de uma Direção, uma Coordenação Administrativa, uma Coordenação Técnica, uma Coordenação de Ensino, e de Educação Física e Adestramento. Com o advento da Secretaria de Defesa Social e a junção das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, a antiga Academia assim como a sua coirmã da Polícia Militar, passou a compor a Academia Integrada de Defesa Social – ACIDES, como Campus de Ensino, embora tenha continuado em suas antigas instalações, na Rua Tabira.
CAVALCANTI, Carlos Bezerra. POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO: Origem e Evolução Histórica. Recife, 2008. p. 181-185